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Entrevista - Carlos Andrey


Fechando a série de entrevistas com os atuais campões do SBKI, falamos com o representando do Paraná, Carlos Andrey, que desbancou favoritos e venceu a Super Graduados em 2018.

RA RACING INTERVIEW: Carlos, conte ao RA RACING INTERVIEW como foi a sua trajetória no kart até o título sul-brasileiro de 2018?
CARLOS ANDREY: Sempre curti o automobilismo desde muito novo, e sempre tive vontade de andar/pilotar, porém as situações econômicas e onde eu morava não tinha nem se quer pista. Em 2014 depois de 14 anos em Curitiba, consegui andar pela primeira vez num kartódromo daqueles dentro de barracão, comecei a andar duas a três vezes por semana, depois de um mês já me senti um “piloto”, mal sabia que não sabia da missa um pai nosso.

No primeiro ano quis fazer uma competição que era itinerante, fiz umas três corridas e vi que o buraco era bem mais embaixo. Continuei treinando, e no ano seguinte um amigo me apresentou um campeonato que corria só em Curitiba e região metropolitana, esse com categorias lastreada,s cada uma num peso e logo no primeiro ano disputei o título até a última corrida, na qual fiquei com o vice-campeonato. No ano seguinte me convidaram para um outro campeonato itinerante entre Paraná e Santa Catarina, num nível bem mais alto e confesso, a surra foi grande.

Já em 2017, nesse mesmo campeonato coloquei na cabeça que queria ser campeão e enxerguei que quando se quer algo, 90% do sucesso vem da determinação, eu sempre comento com meus amigos “pilotos” que existe dois tipos de piloto, o que tem talento, e o que treina, ache qual você é. Eu sou o que treina. Bom, nesse ano de 2017 treinei muito, me condicionei fisicamente, emagreci tudo em busca desse objetivo que era ser campeão, o resultado foi que das 6 primeiras etapas ganhei 5 e o título parecia imperdível, mas não foi assim, situações extra pista e problemas me deixaram somente em quarto. Em 2016 conheci a RA RACING, fiz algumas corridas e 2017 já foi mais intenso, mas um título na RA parecia algo imensurável com um nível tão alto, mas vi que treinando e estando bem física e mentalmente era possível beliscar um pódio, e decidi treinar ainda mais e 2017 já ganhei algumas baterias no CCKI e SBKI, porém ainda era muito imaturo para uma vitória.

Falo que 2018 foi o meu ano no kart, decidi competir pra valer no F4 profissional e treinar ainda mais, já tínhamos montado a equipe de endurance. Comecei 2018 ganhando corridas no F4 e fomos para a primeira competição de indoor (CCKI) confiante e fomos bem, porém num torneio curto com esse formato tem que ter regularidade e também um pouco de sorte no equipamento e no SBKI tive os equipamentos médios para bons e aproveitei as oportunidades e o título veio, o primeiro título individual e mais importante até hoje.

RARI: Qual a sua expectativa para o SBKI 2019, tendo em vista que você venceu em 2018?
CA: A expectativa é de poder chegar competitivo novamente e tentar defender o título, sei da dificuldade que existe e também por que quando você tem um título, você vira alvo, espero equipamentos parecidos e que vença o melhor.

RARI: Quais são teus principais adversários na categoria super graduados e quais teus possíveis aliados?
CA:Fechou a viseira, todos são adversários, o que existe são os pilotos leais e os desleais. A super graduados talvez seja a categoria com o maior número de candidatos ao título, Guerra, Novaes, Piva, Roger, Weiss, Giba, além do pessoal do Rio Grande do Sul que vem cada ano mais forte.

RARI: Você que participa também de competições profissionais, quais são as diferenças e quanto o indoor influencia para o profissional e vice-versa?
CA: Na verdade são 2 mundos bem diferentes, porém tem o que se aproveita de uma para o outro, no indoor pela falta de aderência dos pneus, pelo motor mais fraco e até pela limitação de ajustes, tem que ter uma tocada bem “redonda” e isso ajuda quando vai para profissional de outro lado a velocidade maior, o tempo menor para tomada de decisão apura os reflexos fazendo com que no indoor as coisas pareçam mais fáceis, não que sejam.

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